27 de dez. de 2005

Meu Natal de Charlie Brown



Quem se lembra do lendário desenho do Snoopy, especial do Dia das Bruxas, que o Charlie Brown e seus amigos saíram às ruas fantasiados de assombração, batendo na porta das casas? Quando o morador atendia, a criançada perguntava "Doces ou travessuras?", conforme manda a tradição americana.

Para não sofrer com as conseqüências das travessuras, os adultos tinham que colocar guloseimas nas sacolas da pivetada. Os moleques coletavam os doces, e em seguida conferiam o que cada um ganhou. Eis o diálogo:

LINO – “Eu ganhei um caramelo”.
LUCY – “Eu ganhei um pirulito”.
PATTY PIMENTINHA – “E você, menduim, o que você ganhou?”
CHARLIE BROWN – “Eu ganhei uma pedra...”


Ok, Charlie Brown deu azar nessa. Logo em seguida batiam em outra porta, repetiam o ritual e na conferência tava lá uma nova pedra na sacola do Charlie Brown! E assim acontecia durante toda a noite...

Um adendo que clama por ser feito. Pergunto ao matemático Oswald de Souza:
- Quais as chances de haver um pedregulho entre as guloseimas de cada lar americano visitado pelo Charlie Brown?
- Quais as chances do Charlie Brown sempre ser o contemplado com a pedra amaldiçoada?
Pediu pra ser azarado assim no Vale do Eco!!!


Bem... entrando no assunto que eu queria abordar... assim como o Charlie Brown no Dia das Bruxas, neste Natal só ganhei uma pedra! (hehehe) Mas tá ótimo! Também não comprei nada pra ninguém, então acho justo.

Sem cair na abordagem do capitalismo do Papai Noel, fugindo do verdadeiro sentido do Natal (nascimento) de Jesus Cristo, resolvi aplicar na prática uma teoria sobre presentes nesta época do ano. Por que as pessoas gastam horrores comprando presentes cretinos pra todo mundo no Natal, ao invés de usar esse dinheiro pra dar um bom presente a si mesmo?

Comprei o DVD do Live8 (4 discos que merecerão um tópico especial neste blog em breve) no valor de uns 4 presentes decentes e lambi os beiços. No dia 24 não abri nenhum presente ao pé da árvore, ninguém abriu nenhum presente dado por mim, e mesmo assim dormi o sono dos justos. Tudo bem que chorei um palmtop pros meus pais, no valor de uns 20 presentes decentes, sem ser feliz, mas e daí? Vida que segue.

Aliás, essa teoria não deve ser aplicada aos pais. Os pais sim têm o dever de presentear os seus filhos. Notem bem: os seus filhos!!! Nada de gastar dinheiro com os filhos dos outros, senão a criança cresce complexada que nem eu. :)

Olha... graças a Deus que eu ganhei uma pedra igual ao Charlie Brown. Poderia ser pior. Poderia ser uma pedra no rim. hehehe


PS: Pra quem era fã do Snoopy, vale a pena conferir o site oficial do desenho:
http://www.unitedmedia.com/comics/peanuts/

0 Comentário(s):

Postar um comentário

<< Home